Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados,
Servidores,
Jornalistas presentes;
Hoje, com certeza, é o dia mais triste de toda a
minha trajetória neste honrado Parlamento.
O farto noticiário acerca do ocorrido comigo na
última quinta-feira deixa evidente do que falo.
Confio na Justiça e entendo que ela esteja
cumprindo o seu papel.
O Poder Judiciário é, ao lado do Legislativo, o pilar
mais importante da democracia.
Não é hora de bravata.
Não é hora de procurar culpados.
Não é hora de acusar.
A mim compete o dever de proceder minha defesa.
E quero fazê-la da melhor forma.
É hora de ter serenidade. É o que tenho pedido a
Deus todos os dias, além de forças para superar a
dor deste momento.
São duas as acusações centrais contra minha
pessoa:
Alegam que sou amigo do proprietário. Pois
afirmo: Mais do que amigo, tive convivência
familiar durante quinze anos e mantenho até
hoje amizade com ele.
Sobre o Senhor Nelson Nappi, reitero aqui
minha amizade de muitos anos. Desconheço
qualquer atuação ilícita de sua parte.
Não fosse assim, não o teria nomeado para
cargo em comissão na Assembleia Legislativa.
Não vou renegar meus amigos.
Finalmente, quero agradecer a todos aqueles
que, de uma forma ou de outra, têm me
prestado solidariedade neste momento tão
difícil que atravesso. Sem dúvida, o mais triste
da minha vida.
Esta solidariedade me dá forças para continuar
lutando.
Vou lutar até o fim para provar minha
inocência. E a única coisa que posso pedir é
Justiça.
Não quero ser pré-julgado.
Mas não abro mão de ser julgado.
Obrigado.