“Apite! Denuncie! Assédio e violência sexual contra a mulher, nunca mais!”. Este é o convite de um ato que será realizado no Dia Internacional da Mulher deste ano (08/03/2018). Munidas de apitos, grupos de mulheres irão realizar uma campanha, promovida pela Prefeitura de Joinville e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM, incentivando a denunciar casos de violência contra a mulher.
O “apitaço” ocorrerá em diferentes horários e nos seguintes locais: às 8h30, na Prefeitura de Joinville; às 10 horas, na Delegacia da Mulher; às 13h30 no Fórum de Joinville; e às 18h na Praça da Bandeira.
Além disso, foi feito um vídeo para divulgar a importância da denúncia. No material da campanha, as personagens encorajam outras mulheres a participarem da iniciativa: “Apite pelo respeito. Apite pela vida. Apite pela integridade. Apite pela valorização. Apite contra a agressão. Apite sem medo”.
“A campanha é importante para incentivar as denúncias contra as agressões. A violência contra a mulher não é denunciada por vários motivos, como o medo, a vergonha e a descrença na lei”, diz a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Júlia Melim Borges Eleutério.
A mobilização possibilitará o reconhecimento de que é necessário quebrar o silêncio e “apitar”, além de contribuir para que as mulheres se reconheçam enquanto sujeito de direitos.
“O ‘apitaço’ será como um instrumento de alerta e de esclarecimento de que a violência não ocorre só no aspecto físico, pois também é caracterizada por opressão psicológica, assédio, e de outras formas”, esclarece a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres da Secretaria de Assistência Social – SAS Ana Aparecida Pereira. Segundo ela, a cada dia surgem de 12 a 13 denúncias em Joinville, sendo considerado que para cada ato denunciado, dois não o são.
Além da Delegação de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, há um canal aberto para denúncias, o telefone 180. O número pode ser acionado em situação de violência física, psicológica, maus tratos contra a mulher e abandono. Os casos são acompanhados pela Secretaria de Assistência Social e pelos órgãos policiais.
*Texto da Secretaria de Comunicação de Joinville.