Após a certificação emergencial da vacina chinesa, Coronavac, pela Anvisa no domingo (17/01), o governo federal já encaminhou os cerca de 6 milhões de imunizantes aos estados brasileiros. Dois dias depois, os municípios da região, como Joinville, Araquari e São Francisco do Sul, já começaram a vacinar seus profissionais da saúde, comunidades indígenas, idosos em casas de repousos e idosos a partir de 75 anos, seguindo a primeira etapa de vacinação.
As etapas de imunização foram definidas pelas secretarias municipais de saúde, alinhadas ao Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
Porém ainda não há prazo para os demais grupos da sociedade, como a população em geral, por exemplo, serem vacinadas. Especialistas dão uma previsão nada otimista: de que as etapas de imunização ainda continuarão por 2022. Isto porque além da Coronavac, o Ministério da Saúde também incluiu no plano a Oxford-AstraZeneca, que está sendo produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). E para produzir a grande demanda de vacinas, é necessário o principal: o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), atualmente em falta por ser material importado da China.
De acordo com a Fiocruz, ainda em janeiro deveria chegar o primeiro lote do IFA, mas as primeiras doses serão distribuídas apenas no início de março. A previsão é de que mais de 210 milhões de doses da Oxford-AstraZeneca sejam distribuídas em etapas: abril, julho e ao longo do segundo semestre. Já a Coronavac tem previsão de 100 milhões de doses, ou seja, não terá vacina para todo mundo, tendo em vista que somos mais de 212 milhões de brasileiros e são necessárias duas doses para cada cidadão ser considerado imunizado. Além do mais, o plano de vacinação inclui três fases para grupos distintos, tudo dentro de um prazo de 12 meses. Porém tudo depende dos insumos chegarem a tempo para produção de toda esta demanda.