Reportagem: Leandro Schmitz
jornalismo@jornaldafolha.com.br
Medidas de segurança foram adotadas, mas número de passageiros ainda não atingiu o esperado
Paradas desde o dia 19 de março, as linhas de ônibus urbano de Joinville voltaram a circular no dia 08/06, quase três meses depois, graças ao decreto estadual, permitindo que cada município flexibilizasse seus serviços de maneira independente. Porém no primeiro dia, o movimento de passageiros ficou abaixo dos 20%, em comparação a um dia comum.
Para operar tanto em Joinville, quanto em São Francisco do Sul e Araquari, as empresas de ônibus tiveram de se adequar a diversas medidas de segurança, tais como higienização dos carros, obrigatoriedade do uso de máscaras entre os passageiros e limite máximo de 60% de lotação em cada veículo (no caso de Jlle).
Na maior cidade do estado, barreiras sanitárias foram colocadas na entrada dos 10 terminais urbanos. Antes de entrar, cada usuário teve sua temperatura corporal aferida, houve orientações e também distribuição de máscaras. De acordo com a Secretaria da Saúde, cerca de 200 testes rápidos para Covid-19 serão usados diariamente, de maneira aleatória. Estas barreiras deverão ficar nos terminais nos meses de junho e julho, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
Entretanto, com os números ainda crescentes de novos infectados pelo novo Coronavírus em Joinville (mais de 500 casos e 23 mortes até o fechamento desta edição), a população ainda vê com desconfiança a liberação deste serviço. É o caso da vendedora Fernanda Tecla Martins. Ela conta que há superlotação e também muitos idosos dentros dos ônibus, o que não é permitido. Nas redes sociais circularam fotos mostrando uma possível superlotação, contrariando o limite de 60% de passageiros em cada veículo.
Para o gerente de operações da Passebus, Alcides Bertoli, não é possível afirmar que há excesso de passageiros, pois a atenção está redobrada neste sentido. E explica: “O espaço em um ônibus urbano é composto por 30% de pessoas em poltronas e 70% de área para ficar em pé. Quando foi definido os 60%, seria a ocupação dos assentos somada à parte dos clientes em pé”.