A cidade de Joinville não é a única que têm criticado a ausência do governador Carlos Moisés após o movimento de descentralização das ações de combate ao coronavírus e consequente regionalização, que passou a autonomia aos municípios.
O prefeito Udo Döhler considera insuficiente a relação entre o município e o governo do Estado. Nesta quarta-feira (15), Moisés declarou que “não estava sendo omisso ao não retomar o controle das medidas de prevenção”, mas que era “hora dos prefeitos assumirem a responsabilidade”.
Udo Döhler avalia como positiva a descentralização, porém, declara que o Estado precisa continuar subsidiando os municípios, uma vez que a situação é de média a alta complexidade. “O Estado tem que estar mais presente com aporte de recursos. É insuficiente o contato que temos com o Governo do Estado.”
Nesta quinta-feira (16), a Defensoria Pública de Santa Catarina enviou uma recomendação a Joinville que sugere a adoção de medidas mais restritivas para combater o coronavírus, com permissão apenas de atividades essenciais nos próximos 14 dias. Se a proposta não for atendida, há possibilidade de apresentação de ação judicial.
O Prefeito já declarou que descarta a possibilidade de lockdown, porém, poderão aplicar novas medidas se caso agravar a situação. “As últimas restrições adotadas pelo município de Joinville, especialmente no tocante ao isolamento domiciliar compulsório de idosos e ao funcionamento de bares, restaurantes, tabacarias e similares, aparentemente não se revelaram eficazes para propiciar a redução ou a estabilização no número de casos confirmados, de internações em leitos de enfermaria ou UTI e de óbitos decorrentes da Covid-19″, declarou a Defensoria.
No documento enviado ao prefeito Udo Döhler e ao secretário de Saúde, Jean Rodrigues da Silva, a Defensoria cita uma série de situações envolvendo a pandemia.