O projeto de “Melhoria Ambiental da Barra do Itapocu” teve início em setembro de 2019, quando a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Araquari (Fundema) realizou uma visita ao bairro para uma ação de conscientização sobre a importância da instalação de sistemas de tratamentos de esgoto adequados. E até o momento, mais de 100 residências já aderiram ao projeto e efetuaram a troca de seus sistemas de tratamento de efluentes.
Dentro do projeto a Fundema também realizou a análise da água da Lagoa da Cruz e do Rio Itapocu, onde foram verificados: temperatura, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), nitrogênio amoniacal, nitrato, nitrito, nitrogênio total, coliformes termotolerantes, sólidos totais e fósforo.
E essa semana, o relatório feito por Josinei Soares, gerente técnico de projetos de controle ambiental e Mayara Pereira Silva, gerente técnica de gestão ambiental da Fundema, ficou pronto, constatando que o único parâmetro que não atende a legislação vigente é a demanda bioquímica de oxigênio em 4 pontos, dos 8 que foram analisados.
“Nas águas naturais, a DBO representa a demanda potencial de oxigênio dissolvido que poderá ocorrer devido à estabilização dos compostos orgânicos biodegradáveis, o que pode levar os níveis de oxigênio a serem abaixo dos exigidos pelos peixes, levando-os à morte, por exemplo”, comenta Mayara.
Porém, segundo os técnicos é possível observar que mesmo estando em desconformidade o parâmetro de DBO, o corpo hídrico apresenta níveis aceitáveis de OD e com as instalações e adequações dos sistemas de tratamento de efluentes individuais, a expectativa é que o DBO seja estabilizado, visto que a alteração é pouco significativa. Com o relatório constatou-se que não existe contaminação.
De acordo com Mayara e Josinei, a Fundema pretende realizar uma nova análise em agosto. Até lá, segue com o projeto de “Melhoria Ambiental”.
Na Barra do Itapocu, após a visita e orientações sobre a importância da troca de sistemas de esgotos, a Fundema notificou 1.075 residências, dando um prazo de 90 dias para a regularização do sistema de tratamento de efluentes e já começou a fiscalizar e notificar essa semana, aqueles que ainda não efetuaram a troca.
“Os moradores da região estão muito interessados em melhorar a qualidade da água do rio e da lagoa e têm demonstrado esse interesse ao efetuar rapidamente a troca dos sistemas de esgoto, contudo, muitos deles ainda não o fizerem e nós vamos retornar ao local e efetuar a notificação. Quem não tiver condições financeiras e se enquadrar no sistema de baixa renda deve procurar a Fundema”, comenta o presidente Adriano Silvano.