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Comissão de Saúde realiza diligência no Hospital São José

Na manhã da última quinta-feira (9), um grupo de vereadores liderados pela Comissão de Saúde foram ao Hospital Municipal São José (HMSJ). A diligência foi motivada por denúncias de lotação e fechamento de leitos na unidade recebidas pelos parlamentares. Eles queriam entender o plano da direção do Hospital para sanar estes problemas e permanecer com atendimento de qualidade à população.

Questionamentos e colocações

O vereador Brandel Júnior (Podemos) salientou a importância do esclarecimento da unidade para que a comunidade saiba que não houve fechamento de leitos, e sim que os pacientes devem ser levados a outras áreas com disponibilidade para atendimento na unidade.

Por sua vez, o vereador Cassiano Ucker (União Brasil) elogiou o trabalho desempenhado dentro da unidade, mas destacou a importância de se entender qual é o plano do poder público, de forma mais clara.

Presidente da CVJ, o vereador Maurício Peixer, destacou a importância de se manter a realização de cirurgias eletivas dentro da unidade, sem que os pacientes que estão aguardando sejam prejudicados com quaisquer transformações estruturais ou de remanejamento interno.

Já o vereador Sidney Sabel (União Brasil) falou sobre a possibilidade de levar casos menos graves para outras unidades de atendimento da cidade e direcionar apenas os mais urgentes para o atendimento no HMSJ, como forma de desafogar a espera por leitos.

Henrique Deckmann (MDB) continuou a observação de Ucker, destacando a importância de se conhecer melhor o plano da unidade para continuar prestando um bom atendimento à população sem prejuízos com uma possível falta de leitos.

O Pastor Ascendino Batista (PSD) reiterou que o São José tem feito o trabalho de um hospital regional e que não tem deixado ninguém sem atendimento em Joinville e região. O vereador acentuou a necessidade de fiscalização para entender as demandas para melhorar a saúde pública.

O que diz a direção?

Após denúncias e reclamações da população, vereadores estiveram pela manhã na unidade / Foto: Mauro Arthur Schlieck
Após denúncias e reclamações da população, vereadores estiveram pela manhã na unidade / Foto: Mauro Arthur Schlieck

No Hospital, a direção explicou que não se trata de fechamento de leitos, mas sim da aplicação do chamado Plano de Capacidade Plena (PCP), que surgiu no Hospital Sírio Libanês, de São Paulo e, segundo o corpo clínico, vem sendo aplicado em unidades do Brasil com relativo sucesso. “O PCP consiste em pegar o paciente que estava internado, por exemplo, em um corredor e o acomoda em quartos que têm disposição de espaço para acolher e tratar até a alta definitiva”, explicou Haroldo Júnior, que trabalha na direção administrativa do HMSJ.

Atualmente, a unidade tem ao todo 275 leitos para atender a população e existem 77 pacientes internados em casa que têm atendimento em domicílio pelas equipes médicas. Segundo a direção, existe a previsão de contratar mais 78 profissionais de saúde para o quadro do hospital.

A unidade este ano ficou com menos profissionais ao final do decreto da pandemia e por isso precisou contratar, agora, mais servidores. Obras estão sendo realizadas e duas salas cirúrgicas devem ser concluídas até o final do ano, dobrando a capacidade.
Após a explanação, os vereadores visitaram vários espaços da unidade acompanhados da diretoria do hospital e puderam ver in loco as situações e até mesmo conversar com pacientes e funcionários.

Alguns números da unidade

Para a Comissão de Saúde, a diretoria explicou que atualmente o São José atende 77 mil pacientes por mês e isso significa um aumento de 38% comparado a períodos anteriores.

Outro número representativo é o de atendimentos a motociclistas. Acidentes com esse grupo ocorrem mais nas duas primeiras semanas de cada mês e aumentaram de 10 para 16 diários este ano.

O dia de maior atendimento do HMSJ segue sendo as segundas-feiras.

O que diz o presidente da comissão de Saúde?

O vereador Willian Tonezi (Patriota), que é presidente da Comissão de Saúde, destacou que é fundamental a presença dos vereadores para entenderem o que está acontecendo no Hospital.

Tonezi explicou que a diligência serviu especialmente para entender o que vinha sendo chamado de fechamento de leitos. “Aqui vimos que não se tratava de fechamento de leitos, mas sim um remanejamento de pacientes que antes ficavam em corredores e outros espaços para quartos na unidade. Pudemos ver de perto o plano de expansão do hospital e entender as obras e contratações que estão por vir agora em 2022. A comissão de saúde segue alerta a esta situação”, destacou.

Folha

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