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Cláudio Loetz: Diagnóstico e os atrasos nas obras da BR-280

Um dos maiores gargalos logísticos de Santa Catarina, a duplicação da BR 280, entre São Francisco do Sul e Rio Negrinho, caminha a passos de tartaruga. Dos três lotes, o lote 1, que vai do porto de São Francisco do Sul até o entroncamento entre as rodovias federais 280 e 101, está com apenas 25 por cento das obras prontas. Isso acontece, apesar do cronograma inicial ter previsto início dos serviços em 2014 e conclusão desses 38 quilômetros lá no já distante ano de 2018.

Significa dizer que, com o aporte pequeno de recursos a cada ano, é muito provável que a duplicação só fique pronta no começo da próxima década. A análise e a conclusão são de detalhado estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, e apresentado recentemente em reunião na sede da ArcelorMittal, em São Francisco do Sul.

As obras devem incluir o contorno do município de São Francisco do Sul, viadutos, desapropriações de terrenos, entre outros elementos neste lote 1, que é o objeto deste texto.

O engenheiro e consultor da Fiesc, Ricardo Saporitti, esclarece que há 33 mil estabelecimentos comerciais (dados de 2017) ao longo da BR-280 e, entre o porto e até o acesso para a BR-101 há 554 interferências nestes 36 quilômetros!

De acordo com Saporitti, a prioridade das prioridades das obras da duplicação da 280 precisa ser o contorno de São Francisco do Sul porque desafogaria boa parte do trânsito no trecho crítico de movimento intenso de caminhões indo e vindo para o porto.

Da maneira como está hoje, a duplicação concluída da 280 no lote 1 continua uma miragem. Faltando realizar três quartos da totalidade dos serviços, a estimativa de investimentos necessários, a preços atuais, soma 300 milhões de reais.

Pingando 50 milhões por ano, e sem poder político para que o governo federal aplique maior volume de recursos nesta obra, o Norte catarinense continuará crescendo menos do que poderia em razão das deficiências de logística rodoviária. E isso, num momento em que os negócios internacionais exigiram estradas e ferrovias modernas a acompanhar as demandas de nosso comércio exterior.

Se as obras não evoluírem com maior rapidez e se o dinheiro não fluir de forma mais adequada, sim, estaremos próximos de um colapso logístico sério e de graves consequências para a economia catarinense.

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Cláudio Loetz
Colunista

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