O incêndio em mata em Barra Velha, no Litoral Norte do Estado, que já dura dez dias, chamou a atenção pela dificuldade de combate, mas também para o aumento de casos de queimadas florestais nesta época do ano.
Segundo o tenente Douglas Thomaz Machado, do Corpo de Bombeiros Militar de SC, só na região do 7º Batalhão, de Itajaí a Itapoá, foram registrados 75 incêndios florestais só na última semana, entre 19 a 25 de abril.
Todo o incêndio florestal é bem complexo. O tempo de combate às chamas depende de fatores como as condições meteorológicas, como o vento, o tamanho do terreno e as características da região.
No caso de Barra Velha, Machado explica que é um incêndio de turfas (grande quantidade de folhas e outros materiais no solo) com quase um metro de altura.
Como é uma floresta de pínus, o material é bastante combustível, complementa o bombeiro. Debaixo da turfa, há brasa, difícil de alcançar, por isso a grande dificuldade em combate ao incêndio. Por isso, foram utilizados vários caminhões dos bombeiros com jatos compactos de água que conseguem atingir a brasa e combater os focos do fogo.
Nesta quarta-feira (29) ainda havia fumaça no local, porém os focos de incêndio já estavam controlados e isolados com os aceiros, informou Machado. A chuva que caiu na região nesta terça-feira (28) também ajudou a controlar o fogo.
Ainda não há uma conclusão sobre como o fogo começou na mata em Barra Velha. O tenente alerta, no entanto, que são três as principais causas para incêndios florestais: queimadas ilegais, fogo em lixo e a próxima época do ano, que tem mais folhas secas.