Um local especial para mais de 250 crianças de 0 a 3 anos, que passam o dia se divertindo, aprendendo e interagindo com seus professores, enquanto aguardam seus pais e familiares retornarem do trabalho. Mesmo assim, ainda um local alvo de ações de vândalos. A segunda-feira, 12 de agosto, começou triste para os funcionários do Centro de Educação Infantil Marise Travasso, localizado no bairro Itinga, e seguiu nebulosa, no dia 13. Por 7 vezes, desde abril, a unidade foi invadida.
Segundo a diretora, Mariana Paulino, a ação vem se repetindo. “Entraram 24 de abril, 3 de julho, 22 de julho, 29 de julho, 31 de julho, quando tiraram as grades da secretaria e sala da direção e agora, 12 e 13 de agosto”.
Além da depredação do prédio, os vândalos defecaram e urinaram nos colchões e cobertores das crianças. Alguns foram furtados, assim como todas as escovas de dente dos pequenos, materiais escolares de trabalho em sala de aula, trabalhos escolares realizados com as crianças, brinquedos e mesmo, presilhas de cabelo.
“Nós já perdemos muitos bens materiais como eletrônicos, DVDs usados nas aulas, livros, cordas, bolas, bambolês e até 40 quilos de carne que seriam usados na merenda das crianças. Isso nos dá muita tristeza porque a gente tenta fazer o melhor por eles. São crianças e cada uma delas representa uma família. São pais e mães que confiam na gente e tudo que nos é possível fazer para melhorar a segurança estamos fazendo”, conta Mariana.
Para a diretora, professores e funcionários que atuam diariamente na unidade, o sentimento é de tristeza. Cada ação sofrida deixa um pouco de frustração e de sentimento de injustiça. “Afeta muita gente emocionalmente. Os professores ficam tristes, os pais ficam tristes, porque é um local onde recebemos nossas crianças todos os dias com muito carinho, e onde é feito um trabalho sempre pensando no bem estar de cada um deles”.
A Secretaria de Educação vem atuando para blindar tais ações e trazer mais proteção ao prédio que recebe diariamente, os bens mais preciosos de centenas de famílias. Está registrando os boletins de ocorrência e também já iniciou os investimentos em equipamentos que possam trazer mais segurança. “Nós já colocamos grades na unidade e agora estamos licitando a cerca, porém contamos com a ajuda da comunidade para denunciar esses atos e tentar amenizar essa situação”, diz a secretária Rose Cléia Farias Vigolo. A unidade também possui alarme.
Vandalismo ou depredação ao patrimônio público ou privado é crime e pode ser punido, segundo o artigo 163 do Código Penal Brasileiro. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia leva a pena de detenção de um a seis meses ou multa.
“Quem avistar alguém entrando na instituição em horários que não acontecem o atendimento, como nos finais de semana ou durante o período noturno pode acionar a polícia”, informa a secretária.
As denúncias podem ser feitas pelo número 190 e também podem ser anônimas.
ASCOM