Na madrugada deste domingo (23), em Joinville, a festa de carnaval que era para ser um momento de festa, acabou com confusão e troca de tiros. Os foliões que curtiam o Carnaval na estrutura montada pela Prefeitura na Avenida Beira-rio, tiveram que deixar ao local após uma confusão envolvendo os foliões, seguranças privados, Guarda Municipal (GM) e Polícia Militar (PM).
Uma briga isolada teria sido o início para uma briga generalizada. Parte das pessoas que estavam na festa arremessaram pedras, latas de cerveja e outros objetos contra a PM, que respondeu com centenas de bombas de efeitos moral, tiros com balas de borracha e spray de pimenta. Com o tumulto, crianças e idosos caíram na rua e diversas pessoas foram atingidas pelos disparos da PM.
Nas redes sociais, o assessor da Prefeitura de Joinville e um dos organizadores do evento “Folia 2020”, Marco Aurélio Braga, lamentou a situação. “Mais uma vez lamento o ocorrido, mas não vou encontrar culpados”, escreveu. Ele ainda diz que uma reunião havia sido feita para promover a segurança da festa. “Às 16h30 fizemos uma reunião com a segurança para traçar estratégias”, diz.
Também nas redes sociais, o vice-prefeito, Nelson Coelho, justificou como necessária a ação dos agentes de segurança. “Quando a PM atuou, também foi atacada com centenas de garrafas de vidro e pedras, sendo necessária a utilização de munição menos letal e granadas para controle do distúrbio”, diz a postagem.
Segundo Coelho, nove viaturas foram danificadas e 17 pessoas detidas por depredação do patrimônio público, porém, liberadas logo em seguida.
Na tarde deste domingo, a PM de Joinville informou que irá instaurar um inquérito policial militar para investigar o caso. O major Daniel Screpanti Borges Monteiro, subcomandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, informou que as ações foram tomadas para restabelecer a ordem pública, e que os infratores foram identificados e conduzidos à Central de Polícia. No total, 16 pessoas foram detidas.